sábado, 13 de fevereiro de 2010
sábado, 9 de janeiro de 2010
"Os anos 20 (1924-1929) foram anos de prosperidade. O "American way of life" ("estilo de vida à americana") invadiu a Europa. Aos benefícios da sociedade de consumo associou-se a busca de prazer e a evasão e intensificou-se a vida nocturna. Os teatros, os cinemas, os night-clubs e outras salas de espectáculos e de jogos das grandes cidades tornaram-se locais habitualmente frequentados. As novas bebidas (cocktail), as novas músicas (sobretudo o jazz) e as novas danças (charleston, lambeth walk, swing e rumba) passaram a animar a vida nocturna. Rallies de automóveis, corridas de carros e de cavalos e outros desportos (como o futebol) constituíam outros divertimentos que envolviam grandes massas.
O rápido desenvolvimento dos meios de transporte (comboio, automóvel, avião) e dos meios de comunicação (rádio, telégrafo, telefone...) acelerou o quotidiano das pessoas, favorecendo uma maior mobilidade espacial e do ritmo de vida. A moda de viajar entrou nos hábitos e prazeres das classes médias. Às viagens de negócios acrescentaram-se as viagens lúdicas, de turismo, quer no interior dos próprios países, quer para países estrangeiros, criando-se e desenvolvendo-se novas infra-estruturas para apoio destes lazeres: agências de viagens, serviços de hotelaria especializados, mapas, guias turísticos, bilhetes-postais ilustrados, etc.
Paralelamente a este novo estilo de vida, o período entre as duas guerras mundiais caracterizou-se por uma latente inquietação e instabilidade nos comportamentos sociais. A paz estabelecida pelo Tratado de Versalhes, que pôs fim à 1.ª Guerra Mundial (1919), foi uma paz aparente, já que, na Alemanha e na Itália, o nazismo e o fascismo iniciavam a sua caminhada galopante. A crise de 1929 viria a agravar essa instabilidade gerando mesmo angústias e miséria que iriam ter consequências a todos os níveis."
Eric Hobswam, A Era dos Extremos, Editorial Presença.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
A Implantação da República Portuguesa (síntese)
Um novo partido, que surge ainda no século XIX, vai aproveitar o descontentamento dos diferentes grupos sociais e, através de uma revolta, instaurar a República em 1910. Os Portugueses passaram a ser governados de outra forma.
Razões da Queda da Monarquia:
1. A maior parte da população vivia mal
2. Atraso do desenvolvimento agrícola e industrial
3. Humilhação sentida pela cedência ao Ultimato
4. O País tinha grandes dívidas
5. Promessas do Partido Republicano
6. Grande agitação e falta de liberdade
O Mapa Cor-de-Rosa
A Conferência de Berlim decidiu que os territórios africanos pertenceriam aos países que os ocupassem efectivamente.
Portugal exigia o seu direito em ocupar os territórios compreendidos entre Angola e Moçambique – mapa cor-de-rosa.
O Ultimato Inglês
Em 11 de Janeiro de 1890, a Inglaterra enviou ao rei D. Carlos um Ultimato: ou os Portugueses desocupavam os territórios situados entre Angola e Moçambique ou o governo inglês declarava guerra a Portugal.
O Governo viu-se obrigado a aceitar o Ultimato, o que provocou manifestações de descontentamento. Em 14 de Janeiro de 1890, o Partido Republicano Português organizou uma grande manifestação em Lisboa, acusando o rei D. Carlos e o Governo de terem traído os interesses dos Portugueses em África.
O Partido Republicano
Os republicanos achavam que à frente do País não devia estar um rei, o qual nem sempre tinha as capacidades necessárias para o cargo, mas sim um presidente eleito pelos Portugueses e que governasse só durante alguns anos. Consideravam, portanto, que a forma de governo do País tinha de ser alterada. A monarquia devia ser substituída por uma república.
A acção do Partido Republicano
Em 31 de Janeiro de 1891 deu-se, no Porto, a primeira revolta armada contra a monarquia. A guarda municipal, fiel à monarquia, venceu os revoltosos. O número de mortos foi grande.
No dia 1 de Fevereiro de 1908, em Lisboa, dá-se um atentado contra a família real. São mortos o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe.
Com a morte de D. Carlos e do príncipe herdeiro, Luís Filipe, foi aclamado rei D. Manuel II, que tinha apenas 18 anos.
A Revolução Republicana
1. Bombardeamento do Palácio Real pelos republicanos.
2. Fuga do rei D. Manuel II para Inglaterra.
3. Prisão dos padres jesuítas pelos republicanos.
4. Barricadas republicanas na Rotunda.
5. Desembarque da marinha no Terreiro do Paço.
6. Proclamação da República na Câmara Municipal.
7. Visita do Governo Provisório aos revolucionários acampados na Rotunda.
Na manhã de 5 de Outubro de 1910, José Relvas e outros membros do directório do Partido Republicano Português, à varanda da Câmara Municipal de Lisboa e perante milhares de pessoas, proclamaram a República.
Diferenças entre Monarquia e República
A Monarquia
• O chefe de estado era o Rei
• O rei governava até à morte
• O Rei herdava o trono
A República
• O chefe de estado é um Presidente
• O Presidente da República é eleito
• O seu mandato é limitado no tempo
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
A Revolução Russa
A REVOLUÇÃO SOVIÉTICA
RÚSSIA NAS VÉSPERAS DA REVOLUÇÃO
ESPAÇO
A Rússia no início do século XX, estendia-se desde a Europa de Leste à Costa Oriental da Ásia, por um território de 22 milhões de Km2.
POPULAÇÃO
Cerca de 170 milhões de habitantes, que englobava várias etnias (Eslavos, Mongóis, Arménios e Turcos, etc.)
Aspectos Políticos, económicos e Sociais
Monarquia absoluta da dos Romanov.
A agricultura continuava a ser a base da vida económica, funcionando ainda num regime quase feudal.
A industrialização, concentrava-se em alguns centros urbanos (Baku, Moscovo e S. Peterburgo).
A sociedade russa apresentava profundas diferenças sociais:
– A Igreja, a Coroa e a Aristocracia possuíam a maior parte das terras que eram trabalhadas por camponeses (80% da população).
– Os operários cerca de 3 milhões levava uma vida de miséria, recebendo baixos salários a troco de longas horas de trabalho.
As primeiras reacções
Tudo isto foi agravado com as sucessivas derrotas militares na guerra Russo-Japonesa (1904-05).
Em 1905, registam-se graves tumultos em S. Peterburgo que se saldaram pela morte de centenas de pessoas (22 de Janeiro – Domingo Sangrento).
REVOLUÇÃO “BURGUESA” – FEVEREIRO 1917
A onda de greves e insurreições que se abateu na Rússia após o “Domingo Sangrento”, levou o Czar a criar uma Assembleia Legislativa, a Duma.
As condições económicas agravaram-se devido à participação da Rússia na 1ª Guerra Mundial:
Deficientes condições de armamento
Elevado nº de mortos
Subida dos preços e escassez de alimentos.
A 27 de Fevereiro milhares de manifestantes invadira a Duma e em Março Nicolau II abdicou e nomeou um governo provisório liderado por Kerensky e Lvov.
Tudo isto foi agravado com as sucessivas derrotas militares na guerra Russo-Japonesa (1904-05).
Em 1905, registam-se graves tumultos em S. Peterburgo que se saldaram pela morte de centenas de pessoas (22 de Janeiro – Domingo Sangrento).
A REVOLUÇÃO BOLCHEVIQUE – OUTUBRO DE 1917
Os Sovietes – conselhos de operários, de soldados e mais tarde de camponeses, reclamavam o fim da guerra e fomentavam, com o apoio da milícias populares a contestação ao governo provisório.
Os sovietes eram chefiados pelos Bolcheviques, que mais tarde viriam a constituir o Partido Comunista:
– Lenine (Vladimir Ilitch Ulianov)
– Trotsky e Estaline
A Revolução de Outubro
A 24 de Outubro, a polícia militar bolchevique, ocupou pontos estratégicos da cidade e prendeu os ministros do Governo Provisório. A revolução de Outubro vence a revolução de Fevereiro. Iniciou-se a REVOLUÇÃO SOCIALISTA, que instaurou o marxismo-leninismo.
Objectivo: criar uma sociedade sem classes, em que os principais sectores da economia estariam na posse do Estado.
O AVANÇO DA REVOLUÇÃO BOLCHEVIQUE
Em 1917, o Congresso dos Sovietes assumiu o poder legislativo e criou o Conselho dos Comissários do Povo, que seria o órgão executivo, presidido por Lenine. A Rússia tornou-se numa República Soviética.
– Tinham uma grave situação interna, para a debelar, assinam o tratado de Brest-Litovsk, com a Alemanha e abandonam a 1ª Guerra Mundial
A Guerra Civil
Publicam várias medidas:
– Abolição da propriedade privada, os principais meios de produção de riqueza foram nacionalizados.
– Requisição das colheitas agrícolas, exceptuando o indispensável para consumo próprio.
Estas medidas, vão levar a um período de Anarquia Social e de Guerra Civil (1918-1921). Entre os defensores do antigo regime (Brancos) e os defensores da revolução socialista (vermelhos).
O COMUNISMO DE GUERRA
AS MEDIDAS:
– Proibição de partidos políticos, à excepção do Partido Comunista-Bolchevique.
– Instituição da censura.
– Constituição da polícia política (Tcheka)
– Perseguição, prisão, tortura e morte dos adversários políticos.
A Guerra Civil
Quando termina a Guerra Civil a fome e a miséria atingiram proporções dramáticas.
O retorno ao capitalismo limitado
Lenine em 1921, optou por um retorno ao «capitalismo limitado e por um tempo limitado».
O Estado Soviético, embora continuasse a controlar os principais sectores da economia permitia:
– A existência de pequenas unidades privadas de produção agrícola e industrial.
– A entrada de capitais e de técnicos estrangeiros.
– A venda livre de produtos agrícolas.
A Nova Política Económica
A N.E.P. fez elevar os níveis de produção e estabilizar a moeda.
Beneficiou os mais desfavorecidos e permitiu alguma liberdade de comércio.
Desenvolvia também uma campanha contra o Analfabetismo e estabelecia a igualdade de direitos entre homens e mulheres.
A morte de Lenine e a sucessão de Estaline
Lenine morre em 1924 e sucede-lhe José Estaline e assume a linha de que o essencial é a sobrevivência do estado soviético.
Lenine previu a tendência ditatorial de Estaline.
A CONSTRUÇÃO DA U.R.S.S.
Criação de uma Federação de Estados que respeitava as diferenças nacionais.
No entanto, a diversidade cultural, tornava difícil a sua unidade.
Por essa razão, Estaline, sucessor de Lenine, limitou a autonomia das repúblicas e fortaleceu o poder do Estado, foi o principal obreiro da U.R.S.S.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
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